domingo, 4 de dezembro de 2011

Ouvir e compreender o outro é na verdade uma dadiva de Deus.

Saber ouvir é compreender que no falar do outro existe uma voz interior que clama incessantemente pra ser ouvido. Quando falamos com alguém por mais forte ou humilde que seja da à outra parte a oportunidade de tentar compreender quem somos ou o que queremos.

   Em uma ação dialógica dos seres humanos onde ambos têm o direito de falar e ser ouvido como tanto Paulo Freire relata, “O ser humano esta sempre em processo de construção”... Estamos sim Freire tentando a cada dia sermos pessoas bem melhores.
Falar em prol de um bem comum, visando o bem estar de um povo se tornou de fato, uma busca de valores o resgate de ações e desejos esquecidos, como ouvir a voz de quem clama por dentro se ao menos a eles damos o direito de falar, colocar pra fora o que as grades do poder os aprisionaram.
-Eu falo,
-Eu aponto,
-Eu escolho e você só me segue.

Esse foi o dialogo que a anos seguimos ouvindo de pessoas que acreditam ser a representação apropriada de uma comunidade. O que ou quem os faz ter tanta certeza disso.
Hoje ao ouvir a voz de um povo humilde que não suporta mais as rédeas impostas do poder, ver no pequeno a espera de um sujeito que assim como eles saiba parar, sentar em seu velho tamborete, tomar a água fresca de seu pote de barro e compreender que existe um povo que clama por mais humanidade, por uma vida mais justa, por dias melhores. Tudo isso me fez entender que muito tenho a aprender, que na verdade precisamos rever nossos valores, nossa visão de ser humano.
Compreender que somos iguais em meio às diferenças, no falar de palavras é muito fácil no mostrar de nossas ações é incomparável. Que visão de igualdade podemos relatar? O glamour das luzes que encantam o momento natalino ou as inesquecíveis ações das trocas de presente?
Não, são os simples gestos e ações do cotidiano que nos faz sermos iguais ou diferentes uns dos outros.
Quando paro pra ouvir quem esta do meu lado entro no seu mundo em sua história e dou a ele a oportunidade a vez de expressar suas ideias e pensamentos, com isso cresço, aprendo, adquiro valores.
Que o diálogo se torne uma ação dialógica de mundos que o falar e ouvir sejam veículos de busca e soluções e que a compreensão em ambas as partes sejam mais humanas.

Da redação.

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"Aquilo que pedimos aos céus, quase sempre se encontra em nossas mãos." (William Shakespeare)

Sempre me questionei se Deus realmente se preocupava com as minhas dores e lamentos. As vezes cheguei até mesmo desmoronar por pensar que não seria digna de fazer tantos apelos a ele. Mas minha trajetória espiritual me mostrou ao longo dos anos que Ele sempre se fez presente, seja numa palavra amiga, num gesto de carinho e, porque não, até de repreensão.
É preciso que abramos os olhos para enxergar todas as dádivas que Deus nos dá a cada dia. Mas o medo nos impele de ver as maravilhas do imenso amor de Deus. Sempre sofri pensando em não ser amada, porém foi preciso eu deixar a porta do meu coração aberta para que Ele pudesse entrar. Ah e como foi bom experimentar esse amor. O PHN desse ano foi o momento mais marcante de toda a minha vida de Igreja. Foi naquele momento que eu deixei verdadeiramente Deus entrar meu coração. Contudo o medo não se dissipou por completo. Isso leva tempo. Não o nosso, mais o dele. Foi no momento que percebi que meu coração estava fechado e ele batendo, batendo e batendo e eu simplesmente não queria abrir por MEDO.
Essa palavra é a que mais impede o ser humano de ser feliz (em todas as suas instâncias). É ela que promove a guerra, as calamidades e a dissolução do mundo.
Por isso deixemos o nosso MEDO de lado para irmos em busca ao grande AMOR: o amor de Deus.

Educar com os olhos - Rubem Alves